domingo, 14 de abril de 2024

Poema das flores

Silente ouço  a voz do vento 
entre as ramagens floreadas
Aspiro o suave e almiscarado perfume
 que espargem ao acaso

Abro o livro da minha existência
 numa página em branco
E no altar dos meus íntimos desejos
 ajoelho-me prece
Flores  de pétalas miúdas
 caem em rimas sobre a folha virgem

Elas dizem em tom suave e delicado
Poemas são as palavras
Que florescem da emoção
Canção afinada que ecoa
No coração de quem sabe amar

Não queiras ficar na cama
Entre os lençois de cetim
Saia para a vida, venha para o jardim
Pois a vida não é assim

Para escrever o livro da tua vida
É preciso colher flores e odores
Salpicar rimas floridas
No Jardim do teu quintal

Se te faltares a rima essencial
Entrega-te ao sonho colossal
Nas quimeras do sonho
Há o rebordo colorido das flores
Para enfeitar com rimas miúdas
O extraordinário poema da tua vida
(Gracita)